Em um dia de liquidez menor devido à semana curta pelo feriado do Dia do Trabalhador, os juros futuros no Brasil apresentaram comportamento volátil. Os contratos de DI (Depósito Interfinanceiro) começaram a sessão com ganhos, impulsionados pelo movimento de alta da sexta-feira, mas perderam força no fechamento, encerrando com leves quedas em alguns prazos. O dólar em recuo frente ao real e a queda nos rendimentos dos Treasuries nos EUA influenciaram o mercado, com investidores encerrando posições no fim do dia.
As declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento em São Paulo, tiveram impacto limitado. Haddad destacou a necessidade de mudança nos vetores de crescimento, com menos estímulo fiscal e mais investimentos privados, enquanto Galípolo reforçou a preocupação com expectativas de inflação desancoradas. O mercado seguiu atento aos dados do Focus, que mostram projeções de inflação acima da meta para 2025 e 2026, mantendo a pressão sobre as decisões do Copom.
No exterior, os Treasuries recuaram em meio à expectativa por dados econômicos dos EUA, com o rendimento do título de dez anos caindo para 4,214%. Localmente, as apostas no mercado de opções do Copom indicam maior probabilidade de alta de 50 pontos-base na Selic em maio, enquanto para junho prevalece a expectativa de manutenção. O cenário sugere cautela dos investidores diante da incerteza sobre o rumo da política monetária e seus efeitos na inflação.