O Tribunal de Justiça de São Paulo marcou para os dias 22 e 23 de maio o julgamento do policial militar acusado de matar o campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo em agosto de 2022. O crime ocorreu durante uma discussão em um show no Clube Sírio Libanês, na Zona Sul de São Paulo, quando o atleta foi atingido por um tiro na cabeça. O acusado está preso preventivamente há mais de dois anos e oito meses, aguardando o desfecho do processo.
Enquanto aguarda o julgamento, o policial continua recebendo seu salário mensal de R$ 10,8 mil, conforme decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça. O entendimento baseia-se na presunção de inocência e na irredutibilidade de vencimentos, já que não há sentença condenatória transitada em julgado. A defesa do acusado recorreu após o Tribunal de Justiça de SP determinar o corte dos vencimentos, mas o STF manteve o pagamento.
Leandro Lo, octacampeão mundial de jiu-jítsu, foi morto após uma discussão em que, segundo testemunhas, imobilizou o acusado para acalmar a situação. O caso gerou comoção e levantou debates sobre a conduta de agentes públicos. As autoridades destacaram que as investigações foram conduzidas com rigor, e o julgamento, marcado para o Fórum Criminal da Barra Funda, deve trazer esclarecimentos sobre o ocorrido.
