O julgamento contra a Meta, iniciado nesta segunda-feira (14) em um tribunal de Washington, pode levar à separação do Instagram e WhatsApp caso a empresa seja derrotada. A FTC, autoridade americana de defesa da concorrência, acusa a Meta de ter adquirido as plataformas para eliminar ameaças ao seu monopólio. Durante o processo, que deve durar oito semanas, a FTC argumenta que as compras do Instagram (2012) e do WhatsApp (2014) foram estratégias anticompetitivas, enquanto a defesa da Meta afirma que os investimentos foram legítimos e essenciais para o crescimento dos serviços.
O depoimento do proprietário da Meta foi o primeiro a ser ouvido, com a defesa destacando que as aquisições são práticas legais nos EUA quando visam melhorar os negócios adquiridos. A FTC, porém, sustenta que a empresa manteve um monopólio no setor de redes sociais por mais de uma década, prejudicando a concorrência. Enquanto isso, o juiz responsável pelo caso também supervisiona outro processo de grande repercussão, envolvendo deportações de venezuelanos sob uma lei de guerra.
O caso é um dos maiores movidos contra gigantes tecnológicos nos EUA, refletindo a crescente pressão regulatória sobre o setor. A Meta nega as acusações, argumentando que plataformas como YouTube e TikTok oferecem competição saudável. O desfecho do julgamento pode redefinir o futuro das redes sociais e estabelecer precedentes para aquisições no Vale do Silício.