Um vice-chefe de gabinete da Casa Branca criticou publicamente uma juíza federal de Maryland após ela determinar que o governo dos EUA devolvesse um homem deportado por engano para El Salvador. A decisão judicial exigia que o cidadão salvadorenho, pai de três filhos, fosse repatriado até 7 de abril, após a administração reconhecer um erro administrativo em sua deportação. No entanto, autoridades alegaram incapacidade de cumprir a ordem, já que o homem está sob custódia do governo salvadorenho.
O caso ocorre em meio a tensões judiciais sobre deportações recentes, incluindo a remoção de mais de 200 imigrantes acusados de vínculos com gangues para El Salvador. O governo invocou poderes de guerra para justificar as ações, mesmo após uma liminar temporária que tentou barrar o processo. Juízes federais questionaram o timing das deportações e exigiram detalhes sobre os voos, mas a administração afirmou que as remoções já estavam em andamento quando a ordem judicial foi emitida.
Enquanto isso, autoridades salvadorenhas defenderam as deportações, classificando os indivíduos removidos como criminosos de alto perfil. O caso expõe disputas legais e políticas sobre imigração e a aplicação de leis de guerra em contextos não convencionais, com repercussões diplomáticas e humanitárias em jogo.