Agentes do FBI prenderam uma juíza estadual de Wisconsin acusada de obstruir o trabalho de autoridades de imigração, marcando uma escalada no conflito entre o governo federal e autoridades locais sobre deportações. A magistrada teria facilitado a saída de um cidadão mexicano que estava sob custódia, evitando sua detenção por agentes federais. O caso ocorre em um contexto de pressão do governo por maior cooperação na fiscalização de imigração ilegal, com ameaças de investigações contra jurisdições que resistem às diretrizes federais.
A juíza, popular em círculos progressistas, foi liberada sob fiança após audiência, mas o caso gerou reações sobre a independência do Judiciário. Organizações de defesa legal expressaram preocupação com possíveis retaliações do Executivo, enfatizando a necessidade de preservar a separação de poderes. Enquanto isso, autoridades locais criticam a presença de agentes federais em tribunais, argumentando que isso pode dissuadir pessoas de comparecer a audiências, prejudicando a segurança pública.
Este não é o primeiro caso do tipo: durante o governo anterior, uma juíza em Massachusetts enfrentou acusações semelhantes, encerradas após um acordo disciplinar. O episódio em Wisconsin reflete tensões contínuas entre políticas federais de imigração e jurisdições locais, especialmente em cidades que limitam cooperação com deportações. O desfecho do caso pode influenciar futuros embates entre níveis de governo sobre o tema.