A tentativa de reduzir drasticamente o quadro de funcionários do Escritório de Proteção Financeira do Consumidor (CFPB) foi suspensa por uma juíza federal, que expressou preocupação com o plano. A decisão, anunciada na sexta-feira (18), adiou as demissões de cerca de 1.500 pessoas, deixando apenas 200 empregados no órgão. Uma audiência foi marcada para o dia 28 de abril para discutir o caso, com foco nos depoimentos de autoridades envolvidas no processo.
O CFPB, criado após a Grande Recessão para combater fraudes e abusos financeiros, está no centro de uma disputa sobre seu alcance e autoridade. Enquanto o governo argumenta que o órgão excedeu suas funções e deveria ter uma atuação mais restrita, críticos veem a medida como parte de um esforço para enfraquecer instituições reguladoras. O caso reflete os desafios enfrentados por iniciativas de reestruturação do governo federal, muitas vezes barradas por ações judiciais.
A decisão judicial coloca em xeque o futuro do órgão, que há anos é alvo de reclamações por parte de empresas devido a suas investigações rigorosas. A situação também ilustra os impasses entre o poder Executivo e o Judiciário em meio a mudanças na administração pública. Até o momento, a Casa Branca não se manifestou sobre a suspensão das demissões.