Uma jovem de 20 anos denunciou um motorista de aplicativo por conduta inapropriada durante uma viagem em Santos, no litoral de São Paulo. Segundo o relato, ela presenciou atos obscenos do homem, que teria se masturbado enquanto dirigia. A plataforma de mobilidade desativou a conta do motorista e o caso está sendo investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade. A vítima, que teve a identidade preservada, afirmou estar traumatizada com a situação e lamentou a falta de acolhimento após a denúncia.
Após a divulgação do caso, a jovem passou a receber comentários ofensivos e até ameaças nas redes sociais. Seu advogado explicou que os ataques surgiram após a mãe da vítima alertar outras mulheres sobre o ocorrido. Alguns internautas questionaram a veracidade do relato, enquanto outros direcionaram ofensas à jovem. Ela optou por não registrar um boletim de ocorrência sobre as ameaças, mas pretende acionar judicialmente os responsáveis por meio de uma queixa-crime.
A empresa de transporte afirmou considerar inaceitável qualquer forma de assédio e destacou que ofereceu suporte psicológico à vítima. Em nota, a Uber reforçou seu compromisso com a segurança das usuárias e incentivou a denúncia de incidentes às autoridades. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o motorista foi identificado e ouvido, e que as investigações seguem em andamento. A jovem ressaltou a dificuldade enfrentada por vítimas de violência ao buscarem justiça, destacando o peso do julgamento público.