A jornalista e ativista Wanda Chase faleceu na madrugada de quinta-feira (3), em Salvador, durante uma cirurgia para tratar um aneurisma dissecante da aorta. O procedimento foi realizado no Hospital Teresa de Lisieux, mas a profissional não resistiu às complicações. O cardiologista Paulo Roberto Souza explicou que a condição, caracterizada pelo rompimento das camadas da artéria, é uma emergência médica grave, muitas vezes fatal. Pessoas com hipertensão, tabagistas ou doenças genéticas estão entre os grupos de risco.
Nascida no Amazonas e radicada na Bahia desde 1991, Wanda Chase construiu uma carreira de destaque na comunicação, com passagens por emissoras como TV Bahia e Rede Manchete, além de atuar como assessora de imprensa do Olodum. Reconhecida por sua militância no movimento negro, ela acumulou mais de 45 prêmios e estava prestes a receber o Título de Cidadã Baiana. Sua trajetória foi marcada pela valorização da cultura afro-brasileira e pelo combate ao racismo, tornando-se referência para novas gerações.
A família relatou que Wanda havia enfrentado problemas de saúde nos últimos meses, incluindo infecções urinária e intestinal, antes do diagnóstico do aneurisma. Seu velório ocorrerá no Cemitério Campo Santo, seguido de uma cerimônia de cremação reservada à família. Personalidades como Ivete Sangalo e instituições culturais prestaram homenagens, destacando seu legado como comunicadora e ativista.