A Itália e os Estados Unidos emitiram uma declaração conjunta contra impostos discriminatórios sobre serviços digitais, sinalizando um possível afastamento de Roma de uma taxa que desagradou Washington. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, foi recebida calorosamente pelo presidente dos EUA durante reuniões na Casa Branca, em contraste com o tratamento mais frio dado a outros líderes europeus. O imposto italiano, de 3% sobre receitas de transações digitais, tem sido um ponto de tensão, embora gere receita relativamente pequena para o país.
Os dois países concordaram que um ambiente tributário não discriminatório é essencial para incentivar investimentos em tecnologia de ponta. A declaração não confirmou se a Itália abandonará o imposto, mas destacou que o presidente dos EUA fará uma visita oficial ao país em breve. Enquanto isso, Meloni enfrenta pressões internas de sua coalizão, que exige maior cobrança sobre gigantes da tecnologia para financiar políticas públicas sem sobrecarregar as frágeis finanças italianas.
A parceria também celebrou investimentos norte-americanos em inteligência artificial e computação em nuvem na Itália, posicionando o país como um hub regional de dados. A Amazon, por exemplo, planeja investir 1,2 bilhão de euros no país nos próximos cinco anos. O diálogo sobre tributação deve continuar bilateralmente, com o ministro da Economia italiano se reunindo com o secretário do Tesouro dos EUA durante o G20.