O Exército de Israel anunciou que irá demitir reservistas da força aérea que assinaram uma carta aberta criticando a guerra em Gaza. O documento, publicado na mídia israelense, argumenta que o conflito serve principalmente a interesses políticos e não está trazendo os reféns de volta. Um oficial destacou que não há espaço para militares usarem seu status para questionar operações, classificando a ação como uma quebra de confiança entre comandantes e subordinados.
A carta, assinada por quase mil reservistas e aposentados, exige o retorno imediato dos reféns, mesmo que isso signifique o fim dos combates. O Exército afirmou que qualquer reservista em serviço ativo que tiver participado da iniciativa será removido, mas não especificou quantos já foram afetados pela medida. A decisão ocorre em um momento de intensificação da ofensiva israelense em Gaza, com o objetivo de pressionar o Hamas a libertar os 59 reféns ainda capturados.
O movimento dos reservistas reflete divisões internas sobre a condução da guerra, enquanto o governo israelense mantém sua estratégia militar. A demissão dos signatários reforça a posição do Exército de não tolerar discordâncias públicas que possam minar a coesão das forças armadas. O episódio destaca a tensão entre a liberdade de expressão e a disciplina militar em meio a um conflito prolongado e polarizador.