A Ilha Sentinela do Norte, localizada no Oceano Índico, abriga uma das tribos mais isoladas do mundo, com estimativas de que sua população não ultrapasse 200 indivíduos. Pouco se sabe sobre seus habitantes, incluindo sua língua e cultura, mas sua hostilidade contra forasteiros é bem documentada. A tribo, que migrou da África há cerca de 60 mil anos, vive como caçadores-coletores e rejeita contato externo, respondendo com violência a invasões, como no caso de um missionário morto em 2018.
Apesar das restrições impostas pelo governo indiano desde 1956, curiosos continuam a tentar se aproximar da ilha, colocando em risco tanto suas próprias vidas quanto a sobrevivência da tribo. Visitas não autorizadas, como a de um turista recente que deixou objetos na praia, preocupam antropólogos e ativistas, que alertam para a falta de imunidade dos sentineleses a doenças comuns. A Survival International descreve essas intrusões como uma ameaça crescente, destacando a necessidade de respeitar o isolamento escolhido pela tribo.
Além dos riscos à saúde e à segurança, a localização estratégica da ilha, próxima a rotas marítimas vitais, aumenta a pressão sobre seu território. Enquanto a Índia busca desenvolver projetos na região, organizações indígenas defendem a proteção da tribo, cujo modo de vida permanece um mistério. O desafio, segundo especialistas, é equilibrar a curiosidade humana com o direito dos sentineleses de viverem em paz, longe de influências externas.