O governo dos Estados Unidos anunciou na sexta-feira (11.abr.2025) a isenção de tarifas para smartphones e chips, medida que beneficia principalmente grandes empresas de tecnologia, como a Apple. A empresa, que fabrica iPhones com peças de diversos países e monta a maior parte dos produtos na China, enfrentaria um aumento de 145% nas tarifas sobre mercadorias chinesas, impostas pelo presidente Donald Trump. Sem a isenção, o preço de um iPhone 16 Pro de 256 GB, por exemplo, saltaria de US$ 549,73 para US$ 1.348,84, pressionando a Apple a reduzir lucros ou repassar o custo aos consumidores.
Para evitar os impactos do “tarifaço”, a Apple enviou cinco aviões com produtos da Índia para os EUA e outros países, abastecendo estoques antes da implementação das novas tarifas. A decisão da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA também incluiu exclusões para outros itens eletrônicos, como semicondutores, células solares e cartões de memória, além de máquinas usadas na fabricação de chips. A medida é relevante para empresas como a TSMC, que recentemente anunciou um investimento de US$ 165 bilhões nos Estados Unidos.
Além da China, Trump impôs tarifas de 10% a vários países, incluindo o Brasil, com aumentos adicionais suspensos por 90 dias. A China retaliou com taxas de 125% sobre produtos norte-americanos, que entraram em vigor no sábado (12.abr). A decisão reflete as tensões comerciais em curso, enquanto empresas buscam alternativas para minimizar os impactos em suas operações globais.