O papa Francisco, falecido aos 88 anos, deixou como única irmã viva Maria Elena Bergoglio, de 76 anos, que reside na Argentina e não o viu pessoalmente desde que ele se tornou pontífice, há 12 anos. Devido a problemas de saúde, Mariela, como é conhecida, foi impedida pelos médicos de viajar ao Vaticano. Apesar da distância, os irmãos mantinham contato semanal por telefone e trocavam cartas, preservando uma relação próxima. Mariela chegou a renovar o passaporte na esperança de visitá-lo, mas a viagem foi desaconselhada por razões médicas.
Em entrevistas anteriores, Mariela revelou que, em 2013, torceu para que o irmão não fosse eleito papa, admitindo uma “posição um pouquinho egoísta”. A surpresa veio quando, lavando louça em casa, ouviu na TV o anúncio de sua eleição. Ela descreveu o momento como emocionante e contou que, logo após, recebeu uma ligação do irmão, que transmitiu alegria e tranquilidade. “Ele me disse que já estávamos nos abraçando à distância”, lembrou.
Apesar da saudade, Mariela destacou que a relação fraternal permaneceu forte, com Francisco sempre presente em sua vida, mesmo com os compromissos da Igreja. Ela relembrou almoços em família, nos quais o papa preparava pratos como lulas recheadas e risotos de cogumelos, receitas herdadas de sua avó italiana. A história dos irmãos reflete afeto e resiliência, mesmo separados por oceanos e responsabilidades.