A influente figura política norte-coreana e irmã do líder Kim Jong-un reafirmou a postura inflexível do regime sobre seu programa nuclear, descartando qualquer possibilidade de desnuclearização. Em declaração divulgada pela agência estatal KCNA, ela classificou as tentativas dos Estados Unidos de convencer o país a abandonar seu arsenal atômico como “um sonho inalcançável”. A resposta foi direcionada a um comunicado recente assinado por representantes da Coreia do Sul, Japão e EUA durante uma reunião da OTAN, no qual os países reiteraram seu compromisso com a desnuclearização da península coreana.
Kim Yo-jong afirmou que discutir abertamente o desmantelamento das armas nucleares do país é visto como um ataque à soberania norte-coreana e uma postura hostil. As tensões em torno do programa nuclear se intensificaram após o fracasso das negociações entre o líder norte-coreano e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2019. Desde então, o regime tem ampliado seus investimentos em capacidades militares e armamentos nucleares, desafiando as pressões internacionais.
O impasse persiste, com Pyongyang mantendo sua posição firme diante das sanções e cobranças globais. Analistas apontam que a retórica agressiva e o avanço do programa nuclear refletem a estratégia do regime de fortalecer sua posição em negociações futuras, enquanto a comunidade internacional busca alternativas para reduzir as tensões na região.