O Tesouro Direto, embora considerado um dos investimentos mais seguros do Brasil, não está livre de riscos, especialmente em um ambiente macroeconômico marcado por incertezas. Volatilidade nos preços dos títulos, perdas temporárias devido à marcação a mercado e especulações mal-sucedidas são alguns dos desafios enfrentados pelos investidores. Títulos de longo prazo, como o Tesouro IPCA+ 2045, são particularmente sensíveis a mudanças nas taxas de juros, enquanto os prefixados podem ter sua rentabilidade corroída por surtos inflacionários inesperados.
Além disso, estratégias de curto prazo, como a especulação com títulos públicos, tornaram-se mais arriscadas devido à instabilidade econômica. Embora os investidores possam evitar perdas levando os títulos até o vencimento, isso pode representar um fracasso para quem busca ganhos imediatos. Outro risco remoto, porém relevante, é a possibilidade de calote, especialmente se o governo não conseguir ajustar suas contas públicas, o que preocupa principalmente os investidores de longo prazo.
Diante desse cenário, especialistas recomendam que os investidores tenham clareza sobre seus objetivos e tolerância ao risco antes de alocar recursos no Tesouro Direto. A escolha entre títulos prefixados, híbridos ou pós-fixados deve considerar não apenas a rentabilidade, mas também a capacidade de manter o investimento até o vencimento, minimizando assim os impactos negativos da volatilidade e das incertezas econômicas.