O volume investido em Certificados de Operações Estruturadas (COEs) alcançou R$ 83,5 bilhões em dezembro de 2024, um crescimento de 49,77% em relação ao ano anterior, segundo dados da Anbima. A tendência de alta se manteve em 2025, com o patrimônio líquido chegando a R$ 88,4 bilhões em fevereiro, um avanço de 5,77% em dois meses. O desempenho de 2024 foi o maior desde 2021, quando o setor registrou alta de 56%, refletindo a crescente adesão de investidores a essa classe de ativo.
Os COEs têm atraído principalmente investidores de varejo e alta renda, que responderam por grande parte do crescimento em 2024. O varejo tradicional aumentou seus aportes em 60%, enquanto o segmento de alta renda registrou alta de 51%. O mercado private, após dois anos de queda, também apresentou recuperação, com crescimento de 20%. O produto, inspirado nas Notas Estruturadas internacionais, combina renda fixa e variável, oferecendo exposição a ativos como ações, índices, commodities e moedas, com riscos controlados.
Entre as vantagens dos COEs estão flexibilidade de cenários, possibilidade de retornos acima da renda fixa e tributação regressiva. No entanto, os riscos incluem a falta de cobertura pelo FGC e a liquidez limitada até o vencimento. A XP destaca que o produto é ideal para perfis moderados ou arrojados, mas recomenda atenção à credibilidade da instituição emissora. Com diversificação facilitada e opções para diferentes níveis de risco, os COEs consolidam-se como alternativa no mercado financeiro brasileiro.