Deputados federais do PT defendem que as fraudes no INSS, investigadas durante o governo atual, sejam atribuídas à gestão anterior. Eles argumentam que, embora a operação tenha sido deflagrada agora, é crucial identificar em qual período os contratos com entidades envolvidas em descontos indevidos foram mais frequentes. Dados apontam que, dos R$ 6,5 bilhões repassados pelo INSS a sindicatos desde 2019, 63,75% ocorreram em 2023 e 2024, mas órgãos de controle afirmam haver indícios de irregularidades desde 2019.
Text: Uma auditoria da CGU revelou que 97,6% dos aposentados e pensionistas tiveram descontos não autorizados em seus benefícios, muitos sem qualquer vínculo associativo. O valor desses descontos triplicou entre 2022 e 2024, saltando de R$ 706 milhões para R$ 2,8 bilhões. A Polícia Federal deflagrou a operação “Sem Desconto”, cumprindo mandados em 13 estados e afastando seis pessoas, incluindo o presidente do INSS, enquanto investiga um prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões.
Text: O ministro da Previdência deve se defender em audiência pública na Câmara, após atas mostrarem que foi alertado sobre as irregularidades em 2023, mas só agiu em 2024. A CGU e a PF continuam as investigações, focando na origem do esquema e na punição dos envolvidos, enquanto a disputa política sobre a responsabilidade pelas fraudes segue acirrada.