Uma investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) expôs um esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões do INSS, que prejudicou beneficiários incapazes de autorizar as cobranças. O relatório apontou que muitas vítimas, como pessoas com deficiência, indígenas analfabetos e residentes no exterior, não poderiam ter assinado os termos de autorização. Além disso, foram identificados descontos feitos por associações de outros estados, o que tornava improvável o uso real dos serviços oferecidos.
Text: O documento também revelou a falsificação de assinaturas em documentos apresentados pelas entidades investigadas. Em entrevistas, beneficiários negaram ter autorizado os descontos, com 21 das 31 associações analisadas registrando taxa de 100% de negativas. O ministro-chefe da CGU destacou que a maioria dos descontos foi fraudada por meio de artifícios que simulavam uma autorização inexistente.
Text: Os prejuízos estimados podem chegar a R$ 6,3 bilhões, evidenciando a gravidade do esquema. A operação da Polícia Federal levou à demissão do presidente do INSS, mas o relatório mantém o foco nas irregularidades sistêmicas, sem destacar indivíduos. O caso reforça a necessidade de maior fiscalização para proteger beneficiários vulneráveis e recuperar recursos desviados.