O governo federal anunciou a criação de uma força-tarefa para restituir valores desviados de aposentados e pensionistas do INSS entre 2019 e 2024. A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou falhas no instituto, que, mesmo diante de indícios de fraude, continuou firmando acordos com associações e sindicatos que realizavam descontos indevidos nos benefícios. Entre as irregularidades, destacam-se entidades sem estrutura adequada e que não cumpriram requisitos de documentação, além de suspeitas de autorizações falsas para os descontos.
A CGU recomendou a suspensão dos acordos, e o INSS interrompeu todos os descontos mensais, inclusive para entidades não investigadas. O instituto prometeu apresentar um plano de ressarcimento após a conclusão das investigações, que ainda apuram a extensão total do prejuízo. Enquanto isso, os beneficiários podem verificar se sofreram descontos irregulares por meio do contracheque, do aplicativo Meu INSS ou do telefone 135, além de registrar reclamações em plataformas oficiais.
O caso ganhou destaque após denúncias de aposentados que tiveram valores descontados sem autorização. O governo afirmou que eventuais cobranças lançadas em maio serão devolvidas em junho, mas ainda não detalhou prazos ou métodos para a restituição integral. A Advocacia-Geral da União afirmou que buscará judicialmente a devolução dos valores pelas entidades envolvidas, enquanto o INSS reforça a necessidade de auditorias para evitar novos casos.