Uma investigação do Ministério Público em Ribeirão Preto (SP) expôs condições degradantes em três casas de repouso, onde idosos foram encontrados desamparados, sem roupas e reclamando de dores. As instituições, que já haviam sido interditadas pela Vigilância Sanitária há seis meses, continuavam em funcionamento irregular, segundo as autoridades. O promotor responsável afirmou que não há justificativa para o tratamento desumano dispensado aos residentes, muitos deles em situações de abandono e sem acesso a cuidados básicos.
A defesa das casas de repouso alegou, em nota, que os idosos recebiam qualidade de vida, higiene e atendimento adequados, contradizendo as imagens e relatos das fiscalizações. As inspeções revelaram falta de estrutura, superlotação, ausência de profissionais qualificados e prontuários médicos incompletos. O caso envolve múltiplas instituições, incluindo o Ministério Público, a Vigilância Sanitária e a Polícia Civil, que buscam responsabilizar os envolvidos por possíveis crimes previstos no Estatuto do Idoso.
As autoridades estão trabalhando para realocar os idosos, entrando em contato com familiares para verificar a possibilidade de reintegração familiar. A Prefeitura local afirmou que está realizando um levantamento emergencial para garantir o acolhimento adequado dos residentes. Enquanto isso, o Ministério Público prepara ações civis e criminais contra os responsáveis, incluindo pedidos de indenização por danos morais coletivos.