A Federação Árabe-Palestina do Brasil denunciou as condições que levaram à morte de um jovem brasileiro-palestino em uma prisão israelense no final de março. Segundo a organização, o detento sofreu com desnutrição prolongada, desidratação por diarreia induzida por colite e falta de assistência médica, agravando seu estado de saúde. Ele estava preso desde setembro de 2024 na Cisjordânia ocupada, acusado de agredir um soldado israelense, e é uma das mais de 60 vítimas palestinas falecidas sob custódia desde o início do conflito em Gaza.
A prisão onde o jovem estava detido é alvo de denúncias por práticas como tortura com choques elétricos, espancamentos e privação de alimentos, segundo a federação. O caso ocorre em meio ao recrudescimento da guerra entre Israel e o Hamas, após o fim de uma trégua temporária. Autoridades de Gaza afirmam que mais de 50 mil palestinos morreram desde o início dos confrontos, número contestado pelo governo israelense.
O incidente levanta questões sobre as condições dos detentos em prisões israelenses e os impactos humanitários do conflito em curso. Enquanto organizações pedem transparência e investigações independentes, a situação continua a gerar tensões internacionais e debates sobre violações de direitos humanos.