A Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista, na Bahia, está apurando denúncias de negligência no Hospital Municipal Esaú Matos, após relatos de problemas no atendimento a gestantes. A Comissão de Direitos das Mulheres destacou o caso de um recém-nascido que morreu horas após o parto, classificado como óbito neonatal precoce. Familiares alegam que a demora na realização de uma cesariana e a falta de assistência adequada contribuíram para a tragédia. O hospital, por sua vez, afirmou que seguiu protocolos médicos e que uma investigação interna está em andamento.
O hospital enfrenta superlotação crônica, sendo a única maternidade pública da região, o que sobrecarrega a equipe e limita a capacidade de atendimento. A diretoria reconheceu os desafios, mas destacou os esforços para manter um serviço de referência. Enquanto isso, a família do bebê ingressou com uma ação judicial e aguarda a liberação do prontuário médico, essencial para o processo. O Ministério Público e a delegacia local também investigam o caso.
Especialistas apontam que a síndrome de aspiração de mecônio, uma das causas da morte do recém-nascido, pode estar relacionada ao estresse prolongado durante o parto. O hospital reiterou seu compromisso com a transparência e prometeu divulgar os resultados da apuração. A situação reacendeu o debate sobre a necessidade de ampliar a estrutura de saúde na região para evitar novos incidentes.
