Um vereador prestou depoimento à Polícia Federal (PF) no inquérito que apura supostas operações paralelas dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), conhecido como “Abin paralela”. O interrogatório, realizado na última sexta-feira (4), é considerado uma das etapas finais da investigação, que deve ser concluída ainda neste mês. Durante o depoimento, o parlamentar negou ter relações próximas com um ex-diretor da agência, mencionado nas apurações. A investigação busca esclarecer o uso indevido de um sistema de geolocalização para monitorar celulares, além de possíveis vínculos com ações políticas durante o governo anterior.
Text: A PF investiga se servidores públicos atuaram de forma coordenada para desestabilizar o Estado Democrático de Direito, com o objetivo de manter o então presidente no poder após as eleições de 2022. De acordo com as apurações, a Abin teria sido utilizada como ferramenta para coleta de informações com fins políticos. Entre as evidências analisadas estão dispositivos eletrônicos apreendidos, cujos dados contribuíram para o avanço do caso. O relatório final deve indiciar pelo menos 15 pessoas envolvidas.
Text: A defesa do vereador afirmou que ele colaborou com as investigações, respondendo a todos os questionamentos, mas destacou que não teve acesso completo aos autos do inquérito. O caso, que já dura dois anos, envolve também o testemunho de uma assessora do parlamentar, que negou solicitar dados indevidamente. A PF deve encerrar as investigações em breve, consolidando as provas coletadas até o momento.