O presidente do Corinthians, Augusto Melo, prestou depoimento à polícia nesta quarta-feira sobre o caso envolvendo o contrato com a ex-patrocinadora Vai de Bet. Ele reiterou que não houve irregularidades, embora versões de ex-dirigentes do clube tenham divergido da sua. O inquérito, conduzido em sigilo, deve ser concluído entre o fim de abril e início de maio, podendo resultar no indiciamento dos envolvidos por organização criminosa. Melo demonstrou confiança após o depoimento, enquanto sua defesa destacou o respeito ao trabalho das autoridades.
A investigação apura repasses suspeitos de uma intermediadora para uma empresa laranja, após o rompimento unilateral do patrocínio, que valia R$ 360 milhões. Testemunhos de ex-diretores e do intermediário Alex Cassundé apresentam contradições, especialmente sobre a origem do acordo. Enquanto Cassundé afirmou ter usado até o ChatGPT para encontrar a casa de apostas, o dono da Vai de Bet disse ter fechado o negócio diretamente com o clube, sem intermediários.
O caso também gerou repercussão interna no Corinthians, onde Melo enfrenta um processo de impeachment, alegando que a ação viola o estatuto do clube. Enquanto aguarda a decisão do Ministério Público, o presidente mantém sua inocência, assim como os outros investigados, cujas defesas afirmam que não houve má-fé. O desfecho do inquérito deve esclarecer se há bases para uma denúncia formal ou se o arquivamento será recomendado.
