A investigação sobre o contrato de patrocínio entre o Corinthians e a Vai de Bet está em fase decisiva, com depoimentos marcados para esta semana de dirigentes do clube na Polícia Civil. O presidente Augusto Melo e dois ex-membros da diretoria serão ouvidos, enquanto o inquérito deve ser concluído entre o fim de abril e o início de maio. Caso os investigados optem por não comparecer, novas datas serão agendadas. O caso gira em torno de repasses suspeitos envolvendo uma intermediadora e uma empresa apontada como “laranja”, após a rescisão unilateral do acordo, que valia R$ 360 milhões.
O contrato, firmado em janeiro de 2024, previa pagamentos mensais à intermediadora Rede Media Social Ltda., ligada a um ex-colaborador da comunicação do presidente do clube. Há indícios de que parte dos valores teriam sido desviados para uma empresa associada ao crime organizado. Testemunhos apresentam versões contraditórias sobre a origem da negociação, com divergências entre os envolvidos sobre quem teria intermediado o acordo.
A polêmica levou a demissões na diretoria do Corinthians e a um processo de impeachment contra Augusto Melo, ainda em análise pelo Conselho Deliberativo. Enquanto isso, o presidente obteve uma vitória temporária com o afastamento preventivo do líder do conselho, acusado de parcialidade. O clube aguarda o fim das investigações policiais para tomar decisões internas, conforme recomendação do Conselho de Ética.