Uma investigação policial no Rio Grande do Sul aponta para os perigos de procedimentos estéticos realizados por pessoas sem formação adequada. De acordo com as autoridades, uma mulher que se apresentava como biomédica nas redes sociais está sendo investigada por exercício ilegal da profissão após pacientes relatarem sequelas decorrentes de tratamentos. O Conselho Regional de Biomedicina confirmou que a suposta profissional não possuía registro, e pelo menos três vítimas relataram complicações após se submeterem a um mesmo procedimento.
O caso reflete um problema maior: em 2024, mais de 130 procedimentos feitos por pessoas não habilitadas foram denunciados no estado, com um aumento de 43% na área médica em comparação ao ano anterior. Especialistas alertam que os números podem ser ainda maiores, já que muitos casos não chegam aos conselhos profissionais. A prática coloca a saúde dos pacientes em risco, já que procedimentos estéticos, mesmo quando realizados por profissionais qualificados, já envolvem certos perigos.
Autoridades destacam a importância de verificar a qualificação de quem oferece serviços na área da saúde, uma vez que falsos profissionais operam em um mercado milionário e muitas vezes escapam da fiscalização. O presidente do Conselho Regional de Medicina do RS comparou a situação à “ponta de um iceberg”, enfatizando a necessidade de maior conscientização e rigor na apuração desses casos.