Ao longo dos 12 anos à frente da Igreja Católica, o papa Francisco destacou-se por seu bom humor e pela defesa da alegria como expressão de maturidade espiritual. Uma análise de 9,6 mil páginas de seus discursos e homilias, disponibilizados pelo Vaticano e processados por inteligência artificial, mostrou que o pontífice frequentemente abordou o tema, incentivando os fiéis a cultivar o senso de humor e a leveza diante das adversidades. Entre as frases identificadas, ele comparou o humor à “graça divina” e criticou sacerdotes excessivamente sérios, sugerindo que a alegria é uma dimensão essencial da santidade.
A pesquisa revelou passagens emblemáticas, como a recomendação de “beber um bocadinho de cachaça” para levantar o ânimo e a valorização de piadas compartilhadas em comunidade. Francisco também citou uma oração bem-humorada de São Tomás Moro, que começa com um pedido por “boa digestão”, ilustrando sua crença de que a espiritualidade não deve ser dissociada da simplicidade e do riso. Esses trechos reforçam sua visão de que o humor é uma ferramenta para enfrentar desafios e fortalecer laços humanos.
Além do tema central, os discursos do papa abordaram questões como crises migratórias, guerras e o papel das mulheres na Igreja, sempre com um tom pastoral e acessível. A análise, conduzida com apoio de tecnologia e revisão jornalística, destaca como Francisco equilibrou gravidade e leveza em seu ministério, deixando um legado de humanidade e esperança. Suas palavras continuam a ressoar como um convite à alegria, mesmo em tempos difíceis.