A presidente do Conselho de Supervisão do BCE destacou nesta quinta-feira, 10, que a eliminação de barreiras para a integração bancária na União Europeia pode trazer benefícios significativos ao bloco, facilitando a criação do Mercado Único de Capitais. Em discurso preparado para um evento na SGH Warsaw School of Economics, ela apontou que os depósitos transfronteiriços ainda são reduzidos, as fusões e aquisições permanecem limitadas e os bancos mantêm carteiras de ativos concentradas em seus mercados domésticos.
A integração bancária, segundo a especialista, permitiria que as instituições financeiras aproveitassem melhor os recursos tecnológicos e alcançassem maior diversificação de riscos. Embora não tenha abordado diretamente a política monetária, ela mencionou o cenário macroeconômico desafiador, marcado por riscos geopolíticos, tensões comerciais e volatilidade nos mercados financeiros, fatores que pressionam a economia global.
A defesa por uma maior integração surge como uma possível solução para fortalecer a resiliência do sistema financeiro europeu diante dessas incertezas. A medida poderia, ainda, ampliar a eficiência e a competitividade do setor bancário no bloco, contribuindo para um ambiente econômico mais estável e integrado.