A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo finalizou o inquérito sobre o assassinato ocorrido no Aeroporto Internacional de Guarulhos em novembro do ano passado, indiciando 17 policiais militares por participação no crime. A vítima, que havia feito uma delação premiada envolvendo agentes públicos e um esquema de lavagem de dinheiro, foi executada em um episódio registrado por câmeras de segurança. O caso foi encaminhado ao Tribunal de Justiça Militar, e os acusados permanecem presos, conforme informou a Secretaria de Segurança Pública.
Segundo as investigações, a motivação do crime estaria ligada à colaboração da vítima com o Ministério Público, que incluía denúncias contra policiais civis por extorsão. O conteúdo da delação, mantido sob sigilo, foi parcialmente repassado à Corregedoria da Polícia Civil em outubro, pouco antes do homicídio. O caso ganhou repercussão após operações policiais e decisões judiciais confirmarem a manutenção das prisões dos envolvidos.
O inquérito também revelou conexões com um esquema de lavagem de dinheiro atribuído a uma organização criminosa, ampliando o escopo das investigações. As autoridades destacam que o caso segue em andamento, com novas diligências sendo realizadas para apurar todas as responsabilidades. A situação expõe desafios relacionados à integridade de agentes públicos e à eficácia dos mecanismos de controle interno.