O Ministério Público (MP) abriu um inquérito civil para investigar um suposto processo de regularização na Vila do Estreito, em Pedregulho (SP), onde vivem cerca de 350 famílias. A área surgiu entre as décadas de 1960 e 1970, quando a Eletrobras construiu moradias para trabalhadores de uma usina hidrelétrica. Com o tempo, as casas foram passadas de geração em geração, mas agora uma empresa não identificada, alegando representar a Eletrobras, exigiu documentação dos moradores em um prazo curto, sob ameaça de despejo.
O MP solicitou informações em 20 dias para verificar a legitimidade do contrato entre a Eletrobras e a empresa intermediária, além de averiguar se há áreas mapeadas para regularização. A Eletrobras afirmou que o cadastramento socioeconômico faz parte de um estudo preliminar para avaliar ações sociais e ambientais, garantindo transparência no processo. A prefeitura de Pedregulho não se manifestou sobre o caso.
A situação gerou preocupação entre os moradores, que enfrentam incertezas sobre o futuro de suas casas. O MP busca esclarecer os fatos enquanto a comunidade aguarda respostas sobre a legalidade do processo e possíveis soluções para a regularização da vila. O caso reflete desafios comuns em áreas ocupadas historicamente por trabalhadores, onde a falta de documentação pode levar a conflitos fundiários.