A prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA-15, registrou 0,43% em abril, mostrando desaceleração em relação a março, quando ficou em 0,64%. Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 5,49%. Os principais responsáveis pelo resultado foram os grupos de alimentação e bebidas (1,14%) e saúde e cuidados pessoais (0,96%), que juntos representaram 88% do impacto no índice. Enquanto a alimentação no domicílio subiu 1,29%, impulsionada por itens como tomate, café e leite, os planos de saúde e medicamentos também tiveram aumentos significativos.
O único grupo com deflação foi o de transportes (-0,44%), influenciado principalmente pela queda de 14,38% nas passagens aéreas e pela redução nos preços dos combustíveis, como etanol e gasolina. Já os demais grupos, como vestuário, comunicação e habitação, registraram altas modestas. Os dados foram divulgados pelo IBGE e refletem o período de coleta entre 18 de março e 14 de abril.
A diferença entre o IPCA-15 e o IPCA tradicional está no período de coleta e na abrangência geográfica, sendo que o primeiro é uma prévia divulgada antes do fim do mês de referência. O IPCA completo de abril será publicado em 9 de maio. Enquanto isso, a inflação segue acima da meta central do governo, de 3%, mas dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O cenário reforça os desafios econômicos diante da pressão de setores essenciais, como alimentação e saúde.