O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo registrou alta de 0,62% em março, acelerando em relação ao avanço de 0,51% em fevereiro, mas desacelerando frente à terceira quadrissemana do mês anterior, quando subiu 0,79%. Os dados, divulgados pela Fipe, ficaram dentro das expectativas do mercado, que previam variação entre 0,48% e 0,66%. No acumulado do primeiro trimestre, a inflação chegou a 1,37%, enquanto nos 12 meses até março o índice atingiu 4,89%, alinhado com as projeções médias.
Quatro dos sete componentes do IPC tiveram aumento em março: Habitação (1,14%), Alimentação (1,44%), Saúde (0,29%) e Educação (0,00%). Por outro lado, Transportes (-0,08%), Despesas Pessoais (-0,60%) e Vestuário (-0,19%) apresentaram deflação, revertendo a tendência positiva de fevereiro. Os setores de Habitação e Alimentação foram os que mais pressionaram o índice geral, refletindo custos crescentes para os consumidores.
O resultado reforça a percepção de inflação setorializada, com alguns grupos de despesas impactando mais o orçamento das famílias, enquanto outros apresentaram alívio. A análise sugere que, embora o cenário geral permaneça dentro das expectativas, a dinâmica dos preços em categorias essenciais como moradia e alimentos continua a desafiar o poder de compra da população paulistana.