Pacientes com comorbidades como diabetes e hipertensão têm maior risco de desenvolver casos graves de dengue, segundo especialistas. Dados da Secretaria de Saúde de São Paulo mostram que, entre os casos graves confirmados em 2024 e até abril de 2025, 50% dos pacientes tinham hipertensão e 30% diabetes. Essas condições podem levar a quedas acentuadas de plaquetas e vazamentos internos de sangue, agravando os sintomas da doença.
A infectologista Fabiana Romanello explica que medicamentos comuns para hipertensão e diabetes, como anticoagulantes e ácido acetilsalicílico, aumentam o risco de sangramento. Além disso, a desidratação, comum em quadros de dengue, pode sobrecarregar o coração, piorando o estado do paciente. Pacientes que já tiveram dengue múltiplas vezes também enfrentam maior vulnerabilidade devido a desordens imunológicas durante a fase aguda da doença.
Relatos de pacientes destacam os desafios da recuperação, com dores intensas e fraqueza prolongada. Medidas preventivas, como hidratação e acompanhamento médico rigoroso, são essenciais para reduzir riscos, especialmente entre idosos e pessoas com condições crônicas. A conscientização sobre os fatores de risco e sintomas pode ajudar a evitar complicações graves.