A indústria de fundos brasileira registrou um resgate líquido de R$ 39,8 bilhões no primeiro trimestre de 2025, marcando uma reversão em relação ao mesmo período de 2024, quando houve uma captação líquida de R$ 119,2 bilhões. De acordo com a Anbima, este foi o segundo pior desempenho trimestral nos últimos cinco anos, superado apenas pelos primeiros meses de 2023. Apesar disso, o patrimônio líquido do setor cresceu 7,2%, atingindo R$ 9,4 trilhões, enquanto o número de fundos e gestores aumentou 4,6% e 2,8%, respectivamente.
As classes de multimercados e ações lideraram as saídas, com resgates líquidos de R$ 43,8 bilhões e R$ 27,3 bilhões, respectivamente. Os FIDCs também registraram resgates significativos, concentrados em um fundo específico. Em contraste, a renda fixa foi a única classe com desempenho positivo, captando R$ 43,2 bilhões, embora com menor intensidade em comparação ao primeiro trimestre de 2024, quando a captação foi de R$ 134,4 bilhões.
O diretor da Anbima destacou que, apesar do cenário desafiador, a renda fixa continua sendo o principal motor da indústria. Os dados refletem um momento de ajuste no mercado, com investidores reavaliando suas alocações diante das condições econômicas. O relatório não menciona fatores específicos para as saídas, mantendo um tom imparcial e focado nos números.