O setor de óleo de palma da Indonésia, incluindo grupos de agricultores, solicitou ao governo a redução de impostos e taxas de exportação para compensar os impactos das tarifas de 32% impostas pelos EUA. O grupo de pequenos produtores SPKS propôs a eliminação total desses custos, alertando que as tarifas americanas podem reduzir em até 3% o preço pago aos agricultores pelos frutos frescos de palma. Atualmente, a Indonésia cobra US$ 196 por tonelada em taxas de exportação, mas já sinalizou ajustes para aliviar o ônus sobre os exportadores.
O maior grupo do setor, o GAPKI, aguarda para avaliar o impacto das possíveis reduções, enquanto destaca que os custos totais para exportadores indonésios chegam a US$ 221 por tonelada, valor superior aos US$ 140 enfrentados pelos concorrentes da Malásia. Para manter a competitividade no mercado americano, o quarto maior destino das exportações do país, o GAPKI sugeriu um desconto de US$ 100 por tonelada especificamente para os EUA. O setor teme que as tarifas distorçam a demanda por óleo de palma bruto e seus derivados.
A Indonésia busca equilibrar as medidas para proteger seus agricultores e exportadores, sem prejudicar a estabilidade do mercado doméstico. Em 2023, os EUA representaram cerca de 7% do volume e da receita das exportações indonésias de óleo de palma. O governo e os grupos do setor continuam em diálogo para encontrar soluções que mantenham a competitividade frente aos concorrentes regionais.