Mais de 10.000 indígenas se reuniram na Universidade Nacional de Bogotá nesta segunda-feira (28) para apoiar as marchas do Dia Internacional do Trabalhador, convocadas pelo governo colombiano em defesa de suas reformas sociais. Eles aguardam a chegada de mais comunidades originárias, com cerca de 5.500 indígenas já instalados no campus e outros 180 ônibus a caminho, segundo a polícia. Os manifestantes demandam melhorias em saúde, educação e autonomia em seus territórios, além de apoiar as iniciativas do presidente Gustavo Petro por um Estado mais voltado para os pobres.
O governo Petro, primeiro de esquerda na história do país, enfrenta dificuldades para avançar em suas reformas, tendo aprovado apenas mudanças previdenciárias e tributárias desde 2022. Agora, o presidente propôs uma consulta popular com 12 perguntas sobre direitos trabalhistas e saúde, buscando apoio direto da população. Indígenas, que representam 4,4% dos colombianos, têm sido aliados-chave de Petro, com representantes de comunidades originárias ocupando cargos importantes em seu governo.
A ocupação da universidade foi pacífica, segundo autoridades locais, mas gerou preocupação em alguns setores, como professores e senadores da oposição, que criticaram o uso do espaço para fins políticos. A instituição, no entanto, apoiou a iniciativa. Líderes indígenas destacaram que a mobilização busca pressionar por respostas a demandas históricas não resolvidas, reforçando a união entre movimentos sociais e o governo em um momento crucial do mandato de Petro.