O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) registrou aceleração de 0,38% em março para 0,59% em abril, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira, 25. Com isso, o indicador acumula alta de 7,52% nos últimos 12 meses. O aumento foi impulsionado principalmente pelo avanço nos custos de mão de obra, que subiu de 0,35% para 0,91%, enquanto os preços de materiais, equipamentos e serviços desaceleraram, passando de 0,40% para 0,37%.
Entre os itens que mais pressionaram o índice para cima estão os serviços de pedreiro, bombeiro e pintor, além dos custos com elevadores e blocos de concreto. Por outro lado, vergalhões e arames de aço ao carbono, telas metálicas e impermeabilizantes contribuíram para reduzir a pressão inflacionária no setor.
O resultado reflete um cenário de custos ainda elevados na construção civil, com destaque para a mão de obra como principal fator de aceleração. A desaceleração em materiais e equipamentos, no entanto, pode indicar um alívio parcial em alguns insumos, embora o acumulado anual continue em patamar significativo. A análise sugere que o setor segue enfrentando desafios, com pressões heterogêneas entre diferentes componentes do índice.