A Índia, segundo maior produtor de açúcar do mundo, deve exportar entre 600 mil e 700 mil toneladas do produto na temporada que vai até setembro, volume abaixo do limite de 1 milhão de toneladas autorizado pelo governo em janeiro. A revisão ocorre após associações do setor reduzirem suas previsões de produção, levantando preocupações sobre um possível déficit na oferta. A informação foi divulgada por um membro da Associação Indiana de Fabricantes de Açúcar e Bioenergia (ISMA) durante uma conferência em Genebra.
O governo indiano mantém rígido controle sobre o setor açucareiro, determinando não apenas o preço pago aos produtores de cana, mas também a quantidade que as usinas podem comercializar. A decisão de limitar as exportações reflete a cautela diante da queda nas estimativas de produção, embora inicialmente se acreditasse haver excedente para o mercado internacional.
O cenário atual pode impactar os mercados globais, já que a Índia é um dos principais players no comércio de açúcar. Enquanto isso, o país também enfrenta desafios internos, como a necessidade de equilibrar a demanda doméstica com as oportunidades de exportação. A situação será monitorada de perto nos próximos meses, especialmente com a expectativa de chuvas de monção acima da média, que podem influenciar a produção agrícola.