A falta de acordos sobre tarifas comerciais tem aumentado a incerteza quanto ao abastecimento de produtos importados nos Estados Unidos, enquanto empresários e investidores temem uma possível recessão. Wall Street reagiu com volatilidade, refletindo a preocupação com as repercussões da guerra tarifária entre EUA e China. Larry Fink, da BlackRock, alertou que a economia pode estar à beira de uma desaceleração, citando a prolongada incerteza causada pelas medidas protecionistas. Apesar disso, a Bolsa de Valores encerrou a semana em alta após declarações otimistas da Casa Branca sobre um possível acordo com a China.
A confiança do consumidor americano atingiu seu nível mais baixo desde 1952, segundo pesquisa da Universidade de Michigan, indicando que a preocupação vai além do mercado financeiro. Pequenos comerciantes, como os de Chinatown em Nova York, temem não resistir ao impacto das tarifas. O Federal Reserve (FED) monitora a situação de perto, preparado para intervir caso o mercado de títulos públicos apresente instabilidade, especialmente diante do risco de a China reduzir suas reservas de títulos americanos.
O conflito comercial também afeta o cenário global, com quedas no preço do petróleo e boicotes a produtos americanos. Enquanto o governo dos EUA mantém sua postura firme, a China afirma não ceder à pressão, elevando as tensões econômicas. A combinação de fatores sugere um período prolongado de incerteza, com potencial para impactos profundos na economia mundial.