A indústria global de alimentos, avaliada em US$ 9,43 trilhões, enfrenta desafios sem precedentes devido a mudanças recentes nas políticas dos EUA. Tarifas elevadas sobre importações, como frutas e vegetais, e insumos agrícolas, como fertilizantes, estão pressionando os custos e ameaçando as margens de lucro dos produtores. Especialistas alertam que essas medidas podem desencadear uma guerra comercial e aumentar a inflação, impactando principalmente famílias de baixa renda, que gastam maior parte de sua renda com alimentos.
Além disso, mudanças regulatórias e cortes em agências como a FDA geram incertezas sobre a segurança e a fiscalização alimentar. Proibições de aditivos e corantes, embora elogiadas por grupos de defesa do consumidor, exigem reformulações caras e demoradas por parte da indústria. Paralelamente, a política imigratória restritiva agrava a escassez de mão de obra, crítica para setores como agricultura e processamento de carne, onde imigrantes representam grande parte da força de trabalho.
Executivos do setor pedem previsibilidade e ajustes nas políticas para evitar disrupções prolongadas. Enquanto isso, a combinação de custos crescentes, incertezas regulatórias e falta de trabalhadores pode levar a realinhamentos significativos na indústria, como automação acelerada ou transferência de produção para o exterior. Para os consumidores, o risco é claro: preços mais altos e possíveis mudanças no acesso a alimentos essenciais nos próximos anos.