Grandes montadoras suspenderam operações e exportações para os Estados Unidos após o anúncio de tarifas elevadas sobre veículos importados. Empresas como Audi, Jaguar Land Rover e Stellantis paralisaram temporariamente a produção em fábricas no México, Canadá e até em território americano, afetando cerca de 900 funcionários. O México, maior exportador de veículos para os EUA, tem 76% de sua produção direcionada ao mercado americano, seguido por Coreia do Sul, Japão, Canadá e Alemanha, que também enfrentam os efeitos das novas medidas.
As montadoras demonstraram preocupação com os impactos negativos nas cadeias de suprimentos, inovação e custos para os consumidores. Grupos como Volkswagen e BMW defenderam o livre comércio, destacando que as tarifas podem desencadear uma espiral negativa na economia global. Enquanto algumas empresas já ajustaram suas operações, outras ainda avaliam os efeitos, mantendo diálogo com o governo norte-americano para buscar estabilidade nas relações comerciais.
O setor automotivo teme que as tarifas, somadas a possíveis retaliações, prejudiquem o crescimento econômico e a competitividade. Apesar disso, algumas montadoras, como Toyota e Mercedes-Benz, aguardam maior clareza sobre as medidas antes de tomar decisões definitivas. O cenário reforça a importância de acordos comerciais estáveis para evitar conflitos que afetem empregos, investimentos e a prosperidade global.