O presidente da Câmara comparou as recentes tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros ao impacto do atentado de 11 de setembro de 2001, afirmando que ambos representam marcos que alteram parâmetros e comportamentos entre nações. Em discurso na Associação Comercial de São Paulo, ele destacou que a medida pode levar a uma retomada de práticas retrógradas, como o bilateralismo e o mercantilismo, exigindo uma reavaliação do cenário global a partir de 2 de abril de 2025.
O Brasil reagiu à decisão dos EUA com a aprovação de um projeto de lei que estabelece critérios de reciprocidade em casos de barreiras comerciais, especialmente para proteger o agronegócio. A medida foi uma resposta direta ao anúncio do governo norte-americano, que impôs tarifas de 10% sobre produtos brasileiros, além de taxas ainda mais altas para nações específicas. O país já havia elevado as tarifas para alumínio e aço em março, intensificando as tensões comerciais.
A balança comercial entre os dois países mostra um déficit para o Brasil, com exportações de US$ 40,3 bilhões e importações de US$ 40,6 bilhões em 2024, resultando em um superávit de US$ 283 milhões para os EUA. O cenário exige que o Brasil ajuste sua estratégia nas relações comerciais externas para evitar prejuízos econômicos em um momento de crescente protecionismo global.