A revista Forbes analisou como as recentes tarifas comerciais impostas pelos EUA afetam os países onde a marca Trump possui empreendimentos ou contratos de licenciamento. Embora a Trump Organization não produza bens no exterior para exportação, a incerteza econômica gerada pelas medidas pode reduzir a demanda global, impactando setores como turismo e imobiliário. Projetos em fase de planejamento, como no Vietnã e na Arábia Saudita, são os mais vulneráveis a atrasos, enquanto parceiros locais tendem a sentir os efeitos negativos mais diretamente do que o ex-presidente.
Dos 13 países envolvidos, todos receberam uma suspensão de 90 dias das tarifas mais altas, com exceção da China, onde Trump não possui negócios. Na Índia, seu maior mercado fora dos EUA, torres residenciais e comerciais geram receita significativa, enquanto na Europa, seus campos de golfe na Irlanda e Escócia enfrentam riscos em caso de recessão. Países como Omã e Emirados Árabes, com tarifas menores, foram menos afetados, mas mesmo assim viram suas bolsas reagirem às oscilações.
Apesar das turbulências, analistas acreditam que os acordos de licenciamento da Trump Organization têm baixo risco de ruptura, já que muitos projetos já estão consolidados. Contudo, a instabilidade prolongada pode desacelerar novos investimentos, especialmente em nações onde a marca ainda busca expandir sua presença. O texto destaca como políticas comerciais podem reverberar além das fronteiras econômicas, atingindo até mesmo os interesses de quem as implementa.