Muitos fabricantes podem optar por manter suas operações fora dos EUA e absorver os custos das novas tarifas de importação, em vez de realocar sua produção para o país. É o que aponta um relatório do ING, destacando que as empresas podem esperar por uma flexibilização das medidas no futuro. A decisão do governo americano de impor uma alíquota mínima de 10% sobre importações de todos os países deve elevar a receita tributária no curto prazo, devido à falta de produtos nacionais que possam substituir os itens importados.
O banco holandês ressalta que, embora a receita com tarifas diminua à medida que as empresas se reinstalam nos EUA, a expectativa é que o aumento na arrecadação de impostos corporativos e sobre folha de pagamento compense essa queda. No entanto, o período de transição tende a ser desafiador, com redução no poder de compra dos consumidores e nos lucros das empresas.
O ING alerta que esse cenário pode resultar em uma economia americana mais frágil em 2025. A medida, embora gere receita no curto prazo, pode pressionar tanto as empresas quanto os consumidores, criando um ambiente de incerteza até que o ajuste seja concluído.