Uma juíza de imigração na Louisiana decidiu que o governo pode deportar um estudante da Universidade Columbia que participou de protestos pró-palestinos, embora a batalha judicial ainda esteja em andamento. O estudante, residente legal nos EUA com green card, foi preso em março sob a justificativa de que sua presença representava riscos à política externa do país. A decisão não significa uma deportação imediata, pois questões constitucionais sobre seus direitos ainda estão sendo analisadas em um tribunal federal.
O caso ganhou atenção por ser o primeiro envolvendo a repressão prometida pelo governo a estudantes que participaram de manifestações contra a guerra em Gaza. O estudante, detido longe de seus advogados e de sua esposa grávida, teve sua prisão contestada pela defesa, que alega violação da liberdade de expressão. O governo citou um estatuto pouco usado para justificar a deportação, vinculando a participação nos protestos a posições consideradas antissemitas.
Ainda não está definido para onde o estudante seria deportado, já que ele nasceu em um campo de refugiados na Síria e viveu no Líbano antes de chegar aos EUA. Enquanto isso, a defesa prepara recursos no sistema de imigração e no tribunal federal, onde a questão constitucional será debatida. O caso pode estabelecer um precedente sobre os limites da liberdade de expressão para estrangeiros no país.