Um juiz de imigração nos EUA determinou, nesta sexta-feira (11), a deportação de um ativista pró-palestino vinculado à Universidade Columbia, alegando que sua presença no país compromete os interesses de política externa norte-americanos. A decisão, tomada na Louisiana, seguiu um memorando do secretário de Estado Marco Rubio, que argumentou que o ativista deveria ser expulso, mesmo que suas ações e declarações não violassem formalmente a lei. O caso ganhou destaque após protestos contra as ações de Israel em Gaza, tornando-se um símbolo da resposta do governo Trump aos movimentos estudantis.
O ativista, detido em março, teve seu status de residente permanente revogado e foi transferido entre estados em um único dia. Seus advogados contestam a legalidade da deportação, afirmando que ela viola direitos constitucionais à liberdade de expressão e ao devido processo. Eles também alertam que a decisão pode abrir precedente para a perseguição de outros manifestantes com base em posicionamentos políticos. Enquanto isso, um processo paralelo em Nova Jersey busca bloquear a deportação e garantir sua liberdade sob fiança.
O caso ocorre em meio a tensões em campi universitários, onde protestos contra a guerra em Gaza levaram à suspensão de financiamento federal para instituições como Columbia, Cornell e Harvard. O governo americano também revogou vistos de estudantes internacionais envolvidos nos protestos, acusando-os de promover o antissemitismo. A situação reflete o debate sobre os limites da liberdade de expressão e a influência da política externa nas decisões de imigração.