Um juiz de imigração nos EUA determinou a deportação de um ativista pró-palestino, alegando que sua presença no país compromete os interesses de política externa. O caso, decidido em Louisiana, ocorreu após um memorando do secretário de Estado argumentar que o indivíduo deveria ser expulso, mesmo que suas ações e crenças fossem legalmente permitidas. O ativista, que liderou protestos em uma universidade, foi preso em março e acusa o governo de violar seus direitos constitucionais, incluindo liberdade de expressão e devido processo legal.
Os advogados do ativista afirmam que a decisão representa um uso abusivo da lei de imigração para silenciar dissidências, alertando que o caso pode criar um precedente perigoso. Enquanto isso, um processo paralelo em Nova Jersey busca bloquear a deportação e contestar a detenção de não cidadãos que manifestam apoio aos palestinos. O memorando do governo citou preocupações com a política externa e acusou o ativista de participar de protestos que criaram um ambiente hostil para estudantes judeus, embora suas ações não tenham sido consideradas ilegais.
O caso ocorre em meio a tensões em campi universitários, onde protestos contra as ações de Israel em Gaza levaram a suspensões de financiamento federal a instituições como Columbia, Cornell e Harvard. O governo também revogou vistos de outros estudantes internacionais envolvidos nos protestos. A situação reflete um debate mais amplo sobre liberdade de expressão, antissemitismo e a resposta das autoridades a manifestações políticas no país.