Beto Bruel, iluminador cênico paranaense com mais de 50 anos de carreira, acumula participações em mais de 700 peças teatrais, óperas, balés e eventos no Brasil e no exterior. Com 11 indicações ao Prêmio Shell e cinco vitórias, ele recentemente ministrou uma palestra sobre a história do teatro paranaense no 33º Festival de Curitiba e integrou a equipe técnica de quatro espetáculos. Bruel destacou a importância de assistir a ensaios e colaborar de forma democrática em produções, além de enfatizar a necessidade de diálogo com diretores, cenógrafos e figurinistas para criar iluminações que contem histórias de maneira única.
Entre os trabalhos recentes, destacam-se espetáculos como “Cabaré Haikai”, “Daqui Ninguém Sai” e “Nebulosa de Baco”, apresentados no Festival de Curitiba, além de produções em cartaz em São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza e até Portugal. Bruel também compartilhou memórias marcantes de sua trajetória, como a experiência na infância que o inspirou a seguir a carreira na iluminação cênica, e revelou planos futuros, incluindo projetos internacionais na China, Portugal e França.
Com uma carreira que começou no teatro amador em Curitiba nos anos 1970, Bruel tornou-se referência na área, contribuindo para o reconhecimento do teatro paranaense em âmbito nacional. Ele atribui parte desse sucesso ao Festival de Curitiba, que abriu portas para que o trabalho local fosse visto por públicos além das fronteiras do estado. Seu legado inclui não apenas a técnica, mas também a paixão por transformar luz em narrativa, como demonstrado em suas colaborações com grandes nomes do teatro brasileiro.