O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) apresentou queda de 0,22% em abril, após um leve avanço de 0,04% em março, influenciado principalmente pela redução nos preços de commodities. A queda foi puxada pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que recuou 0,47%, com destaque para itens como café, proteínas e minerais metálicos. Analistas esperavam uma queda maior, de 0,27%, mas o resultado em 12 meses ainda mostra um acumulado de alta de 8,71%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que representa 30% do IGP-10, desacelerou, subindo 0,42% em abril, ante 1,03% em março. Seis das oito classes do IPC tiveram redução, com destaque para habitação e transportes. Itens como tarifa residencial de eletricidade e arroz contribuíram para a desaceleração, registrando quedas significativas. Enquanto isso, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) acelerou levemente, passando de 0,43% para 0,45%.
O desempenho do IGP-10 reflete o impacto da deflação em matérias-primas brutas, que caíram 1,0% em abril, embora menos intensamente que no mês anterior. O resultado reforça a tendência de alívio nos custos de produção, mas mantém pressão inflacionária em médio prazo, dado o acumulado anual ainda elevado. Os dados foram divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e acompanhados de perto por analistas do mercado.