O estado do Idaho, nos Estados Unidos, decidiu suspender uma série de benefícios públicos para imigrantes em situação irregular, incluindo vacinas, testes para doenças contagiosas, assistência pré e pós-natal e auxílio alimentar para crianças. A medida, assinada pelo governador republicano e que entra em vigor em 1º de julho, surge em um momento em que um surto de sarampo se espalha por outros estados. A lei é considerada a primeira a limitar benefícios de saúde pública desde que o governo federal intensificou a verificação de elegibilidade para evitar que imigrantes sem documentos recebam auxílio financiado por contribuintes.
A decisão faz parte de um esforço maior em estados liderados por republicanos para alinhar-se às políticas de imigração do governo federal. Críticos argumentam que a restrição a cuidados preventivos, como vacinas, pode colocar em risco a saúde pública e contradizer a posição antiaborto do estado, já que a negação de assistência pré-natal pode afetar bebês ainda não nascidos. Além disso, especialistas alertam que a exigência de comprovação de status migratório pode desencorajar até mesmo imigrantes documentados a buscar serviços essenciais.
Enquanto alguns provedores de saúde no Idaho avaliam como aplicar a nova lei sem prejudicar pacientes, organizações como o Idaho Foodbank afirmam que continuarão a distribuir alimentos para quem necessitar, já que a maioria de seus recursos vem de doações. A legislação foi apoiada por grupos conservadores, mas enfrentou oposição de associações industriais, religiosas e defensoras de direitos humanos, que destacam os possíveis impactos negativos na saúde pública e na economia local.